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Já falei sobre a saudade?

Existem mil sentimentos que todos os dias invadem os pequenos pedaços do meu coração. Experienciei a dor que me fez querer desistir da vida. Mas também experienciei o amor tão puro e bom que me fez querer explodir. Há sentimentos que duram mais, outros duram pouco, outros são tão passageiros e pequeninos que quase nem lhes sinto o toque. Mas há um, especial, que vive em mim todos os dias. Há dias que é a dor e há outros que é amor. Há dias que esse sentimento liberta-se nas lágrimas que deito. Noutros dias é só o pensamento constante. Há também dias em que é a memória serena e as fotografias eternas que guardam os meus olhos. É um sentimento que ainda não lhe soube dar nome e tem dimensões que ainda o universo não conheceu. Tem dias que este sentimento se apazigua com uma chamada telefónica e tem outros que não se atenua por nada. É um sentimento que só conhece quem viveu o mar e a serra. Quem esfolou os joelhos nas praias rochosas. Quem cheira a maresia da manhã e tem ene
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E os Olhos Falam

Quanto tempo tem o instante que leva a vida? Quantas vezes a vida passa e os olhos ressacam de tudo o que não conseguiram ver? Os olhos guardam tudo. Perde-se o brilho enquanto a alma pede por amparo, mas não há nada que não sare com o tempo. E é o tempo que devolve o brilho e o amparo. O tempo traz tempo para respirar, recomeçar, renovar e brilhar. E são os olhos. São sempre os olhos. Os olhos não mentem. Os olhos têm uma profundidade tão imensa que caberiam os cinco oceanos. Os olhos que conversam, simples, mágicos. Que gritam, que desarmam, que apaixonam, que incendeiam. Os olhas que desejam. Pedem, anseiam, perguntam e respondem. Os olhos que são toda a alma e o coração. E os meus, tão pequeninos, tremem sempre que os dele sorriem. Porque os olhos falam, mesmo quando nós estamos em silêncio, -vk.

Eu Nem Gosto de Café

Um café quente neste dia frio… E eu nem bebo café. Que vida aleivosa para quem só procura a paz. Bebi o café lentamente e deixei que o calor aquecesse o meu peito. Que ironia desta vida andar de peito quente e coração tão frio. O coração não tem culpa. Perdoo-o por ser tão bom com quem não lhe deu bondade e cuido dele para não se deixar enganar. O café está amargo e eu sinto que devia colocar açúcar, mas é hábito não colocar açúcar nas minhas bebidas. Creio que criamos os hábitos para termos o conforto de alguma segurança e de sabermos que são os hábitos que nos trazem à tona quando não sentimos chão nos nossos pés. A vida tem sido difícil para um coração tão leve e eu insisto em ser amor em todas as dificuldades. Que mais ser, senão amor!? Ser força para que o café fique menos amargo e a vida mais bonita. Não tenho mais paragens e perdi o meu rumo. Sei de onde vim, mas não sei onde pertenço. O meu corpo pede por abrigo e liberdade, mesmo quando sei que é dema

Sejamos pessoas, acima de tudo!

Os anos trazem mudanças. Inevitavelmente. Os anos passam e com eles passa a vida, tropeça, cai e nova se faz. Deliciosas complicações fazem-nos erguer mais fortes a cada manhã. Deliciosas complicações que nós tanto tentamos evitar, mas que são tão necessárias e tão saudáveis.  As pessoas mudam e ficamos cansados das rotinas, das crenças, das esperanças, das esperas. Os anos trazem novas perspetivas e, felizmente, pensamentos mais maduros. O tempo faz isso connosco. Provavelmente não percebmos porque são mudanças naturais e, mais que isso, constantes. Chega a hora de puxarmos o gatilho. Mudanças são inevitáveis. Não vamos perceber tudo, mas que possámos sempre perceber que o mundo é imenso, o sol nunca pára de brilhar e o mar não tem fim. Perceber que somos animais com instintos naturais e que temos de fazer mais do que aquilo que a vida nos obriga. As obrigações são também inevitáveis, mas vamos falar de vontades. Percebemos que temos vontades malucas e temos sede de realiz

Trinta e Um Dias de Outubro

Preciso de alguns minutos. O meu objetivo é refrescar-te a memória. Já faz imenso tempo que não te vejo. Na verdade, faz tanto tempo que não sei se faz meses ou anos.  De vez em quando sinto pequenos fragmentos dos meus velhos sentimentos e no fundo eu até entendo a razão dessa permanência. Quando sentimos algo intenso, fica gravado em nós e a pessoa em questão acaba cravada na nossa memória. Quando entendi isto, pensei que nunca iria parar de reverberar-me naquele mesmo tom que eu me colocava quando estava contigo. Era um tom doce e meigo e eu não queria parar, mas foi tão doce que acabou por derreter. Não foi para ti, assim como não poderia ter sido por ti. Poderia ter sido para qualquer outra pessoa, mas foi para mim o tempo inteiro. Derreteu todo esse sentimento para mim, até que desapareceu. E eu continuei a alimentar-me a mim mesma contigo. Alimentei o meu ego sedento com os teus olhos grandes, tão castanhos e atrevidos e as tuas provocações tão intensas, d

Complicações perfeitas

Primeiro, perdoa-me as palavras jogadas aleatoriamente. Nunca fui boa a organizar pensamentos num texto bonito. Eu escrevo para que percebas o meu desabafo, não escrevo para que percebas o que eu sinto. O que eu sinto nem eu consigo perceber. Podia ter sido diferente e poupava tanta paciência que gastamos ao longo deste tempo. Podia ter sido estável, seguro e firme, mas não, o destino decidiu presentear-me com uma pessoa que, na minha vida, seria mais que uma montanha russa, mais que uma tempestade, mais que uma grande insegurança.  Maldito seja aquele dia em que me cruzei contigo e maldita seja a minha memória olfativa que me faz recordar o cheiro do teu perfume quando me encontro sozinha. Maldita seja a música que gravei associada a ti e que me arrepia quando a oiço por aí. Foram cosias que senti e pressenti sem nunca querer. Sei que não sou bem vinda e isso eu percebo e ah... ah que dor! Mas bendito sejas tu, porque conseguiste descartar todas estas memórias e não tiveste

Saudade de casa

A saudade de casa é a pior saudade que já nutri. Que grande filha da p#ta que a vida é, por obrigar-me a ir para o outro lado do oceano atrás dos meus sonhos e de tudo o que a vida me oferece. E a minha casa? E o lar, o tal doce lar, inigualável, onde fica? Passei por mil estradas e nenhuma delas me soube à estrada da minha terra. Dormi em tantas camas e nenhuma delas aqueceu-me como a minha. Nenhum sofá foi tão confortável como o da minha casa e todas as vezes que vi televisão e segurei no comando, nenhuma me pareceu familiar. Nenhuma cozinha, bar, restaurante – nenhum lugar por onde passei -  cheirou-me à comida da minha mãe. Nunca nenhuma repreensão foi tão útil quanto as do meu pai e, por muito que algumas pessoas se preocupassem comigo, nunce senti o carinho que sentia quando a minha mãe me ligava para perguntar a que horas voltava da festa e com quem estava. Ficávamos chateados quando ela o fazia, não é!? “Oh mãe, já sou adulta, deixa-me estar!” – maldita idade adulta