"Os amores, se forem puros, são duros. Ninguém sofre por opção. Quem sofre, ama de coração."
Depois de todas as horas que passei acordada a pensar em nós e no que perdemos ao tomar a decisão errada, a única conclusão a que cheguei é que somos ambos burros. Muito. Somos ambos muito burros.
Depois de todas as horas que passei acordada a pensar em nós e no que perdemos ao tomar a decisão errada, a única conclusão a que cheguei é que somos ambos burros. Muito. Somos ambos muito burros.
Esperávamos que tudo fosse como naquelas histórias que nos contavam quando éramos pequeninos, mas até nessas histórias as personagens passavam por maus momentos. Os nossos pais é que não nos contavam essas partes para nos protegerem da realidade que hoje enfrentamos e que, infelizmente, parece-me que não sabemos lidar.
Nós medíamos os nosso amor com a distância entre os nossos quartos e para as pessoas de fora isso parecia absurdo. É uma teoria específica demais e só nós a percebíamos. "Amo-te daqui até ao teu quarto" - e eu sabia que me estavas a dizer que me amavas incondicionalmente. Sabia! Agora já não sei. Não sei mais o quanto me amas e já nem sei se devo conjugar o verbo amar no presente ou se devo dizer "Amaste-me".
Como é que nos deixamos perder desta forma se ainda esta manhã estavas a abraçar-me com tanta intensidade e olhavas-me com aqueles olhos que só tu sabes; que só sabe olhar quem, de facto, ama!?
Mais uma vez eu queria pôr as minhas mãos no fogo e, sem saber, iria queimar-me.
Sinto-me vazia. Sinto-me acima de tudo sozinha e sem chão. Sinto-me com vontade de chorar, mas sem mais lágrimas para derramar. Sinto-me sem ti. E sentir-me sem ti é o pior sentimento que já nutri até hoje.
"Sinto-me sem ti"!? Foda-se. Eu não quero sentir-me sem ti. Eu quero casar-me contigo, ter dois filhos, um cão grande e jantar fora todos os sábados à noite. Quero o futuro mais cliché possível mesmo sabendo que tu não gostas de clichés.
Quero tudo, menos sentir-me sem ti.
- vk.
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